Alberto de Paula Silva

Boa tarde a todos.

Agradeço pela oportunidade de falar sobre minha experiência no LIT e espero que isso represente também algo para aqueles que estão ou estiveram aqui. Eu gostaria de destacar três pontos.

1° ponto) Por que eu vim para o LIT?

Como técnico em informática industrial, formado há quase 3 anos, já havia sido estagiário no INPE, desempregado e trabalhador da iniciativa privada. Não conhecia o LIT, exceto por sua reputação e pelo que ouvia de meu pai, que havia trabalhado na gráfica do INPE por 25 anos, e de minha mãe, que havia trabalhado na faxina por uns dois anos no INPE.

Quando surgiu a oportunidade de vir para cá, coincidentemente também surgiu a oportunidade de ir trabalhar na Johnson. Optei pelo LIT, mesmo recebendo um salário mais baixo, pois o meu desejo era aprender mais, me formar na faculdade e conviver com pessoas que eu imaginava estarem entre as mais capacitadas do País.

2° ponto) O que eu vivi no LIT?

Há 14 anos atrás, no dia 1o de dezembro de 98, comecei a trabalhar na Manutenção de Sistemas Computacionais, consertando monitores de vídeo, como bolsista.

Em 99, iniciei o curso de Engenharia de Materiais. No mesmo ano, pensando na minha formação como engenheiro, fiz um curso no LIT sobre Metrologia Básica, ministrado pelo então Mestre Ricardo Suterio.

Em outubro de 2000, graças ao curso de metrologia do ano anterior, fui para o Laboratório de Calibração de Sensores, hoje chamado Metrologia Física.

Lá, aprendi sobre temperatura, umidade, vibração, vácuo e análise de incerteza. Foram anos de aprendizado. Em vários momentos, precisei ser autodidata. Em outros, tive treinamentos providenciados pelo LIT. Além disso, a colaboração dos colegas e o apoio da gerência foram fundamentais para que eu aprendesse o que era necessário.

Em 2002 fui contratado como técnico do INPE através de concurso público.

Em 2003, terminei a Engenharia, graças ao auxílio do LIT.

Após o longo processo de extensão de acreditação e anos de trabalho no Laboratório, passei a conhecer mais profundamente a Metrologia Física. Passei também a conhecer mais o LIT, suas diversas atividades, áreas, desafios e conquistas.

Fiz cursos no Brasil e no exterior, sendo a maioria patrocinada pelo LIT. Assumi mais responsabilidades. Comecei a participar de coisas que já não eram apenas metrologia.

Em 2012, concorri a uma vaga de tecnologista no concurso do INPE. Foram noites e finais de semana de estudo. Fui aprovado e classificado em primeiro lugar e agora aguardo a conclusão do processo para contratação.

3° ponto) O que eu penso do LIT?

É um grande desafio cumprir a missão do Laboratório. Porém, os exemplos dados pelos grandes nomes que passaram e que ainda estão no LIT, os resultados alcançados nesses 25 anos e a competência e dedicação da equipe, são motivação para enfrentar esse desafio.

Aprendi que existe o LIT ideal e o LIT possível, como tudo na vida. Aprendi ainda que não adianta lamentar os problemas; é melhor encontrar as soluções.

Aqui é um lugar para se aprender sempre e aplicar o que se aprendeu.

Mais que integrar e testar satélites, o LIT forma profissionais altamente especializados. Ou pelo menos, dá condições para que eles se formem.

Descobri que aquelas pessoas, que eu imaginava estarem entre as mais capacitadas do País, estão entre as mais capacitadas e competentes do mundo. Além de serem ótimos colegas de trabalho. Como parte da equipe do LIT, não tenho receio de afirmar que, com o devido apoio, este é um Laboratório capaz de dar suporte em integração e testes a todo e qualquer projeto espacial brasileiro.

Obrigado por tudo e parabéns, Laboratório de Integração e Testes.